sábado, 29 de maio de 2010

Comendo Emoções...

As situações ou emoções mais comuns que nos levam a comer quando não sentimos sequer apetite são:

Tédio;
Stress;
Solidão;
Estado depressivo ou Depressão;
Para preencher um “vazio”.

Começando pela primeira, então:

1- Tédio
O tédio é uma das causas mais comuns da alimentação desequilibrada. Se engordam por esta razão, por comerem um pacote de bolachas só por se sentirem entediadas, o melhor que há a fazer é distrairem-se com algo de que gostem ou com uma tarefa que tenham por fazer.

Sugestão para pôr um fim à alimentação por tédio:
Façam uma lista das coisas que gostam de fazer, que têm por fazer, que sempre quiseram aprender.. devem ter esta lista em locais visíveis e estratégicos como por exemplo em post-it no frigorífico ou na porta da dispensa.

Não só se vão sentir melhor ao darem conta que a roupa está a alargar como se vão sentir mais felizes por dedicarem um pouco do vosso tempo às coisas de que realmente gostam!

Claro que uma das melhores opções é ligarem o rádio ou por a tocar um cd com música animada e dançar ou saltar como se não houvesse amanhã! Para além das calorias que não consumiram, ainda estão a queimar imensas!

2- Stress
Cada vez mais, viver na cidade ou deslocarmo-nos todos os dias para a cidade para ir trabalhar imprime muita tensão e stress no dia. Em quantidade q.b., mantém-nos activas, atentas, focadas nas nossas tarefas e ajuda-nos a atingir os nossos objectivos. Mas quando ultrapassa um certo limite e não sabemos como lidar com ele pode até tornar-nos não funcionais.

A comida é uma forma de escape pontual muito usada. Trincamos coisas crocantes ou deliciamo-nos com coisas bem doces e nesse momento até esquecemos tudo. O pior é quando regressamos a nós próprias e apercebemo-nos da quantidade que comemos e como deitámos os nossos esforços por água abaixo. Agora, para além de stressadas ou tensas, também ficamos revoltadas connosco próprias. Uma bola de neve..


Sugestão para pôr um fim à alimentação por stress:
-identificar e fazer uma lista das origens do stress;
-tentar reduzi-las ou eliminar algumas das listadas;
-praticar exercício físico pois é a melhor forma saudável de minimizar o stress;
-fazer uma lista de coisas que gostam de fazer e que sejam relaxantes como: tomar um banho de espuma, ver um filme, ouvir música calma, meditar, ir à manicure, dar um tratamento especial aos pés, passear num jardim, ver uma exposição, beber um chá de maçã e canela enquanto leêm um livro ou uma revista, tricotar, pintar, tocar um instrumento,
-guardar um tempinho para vocês próprias e por em prática as coisas de que tanto gostam de fazer e vos relaxam!

Nota Importante: se o stress estiver a conduzir a situações do foro psicológico ou psiquiátrico mais complexas, devem procurar ajuda!
Também existem livros bons (é importante saber distinguir os bons, daqueles que existem aos milhares nas prateleiras de auto-ajuda só para vender), workshops para aprender a lidar com o stress e actividades como a yoga que também podem ajudar bastante!

3- Solidão
Muitas vezes, quando nos sentimos sozinhos facilmente caimos no erro de substituir a interacção com pessoas pela comida. Até podemos passar o dia inteiro rodeado por pessoas, mas a correria do dia-a-dia deixa pouco tempo para podermos partilhar aquilo que nos preocupa, que nos intriga, que nos chateia, que gostariamos de fazer, de mudar, etc.
Uma simples conversa com um amigo próximo, no dia-a-dia, é muito importante para a preservação do nosso equilibrio. E, regra geral, não o fazemos frequentemente.

Quem recorre à comida quando se sente só, deve:
Nesses momentos, agarrar numas folhas, num caderno e escrever aquilo que sente, tal como contaria ao seu melhor amigo;
Ter sempre à mão uma lista com os amigos ou familiares a quem pode telefonar a qualquer hora do dia para conversar um pouco ou desabafar;
Inscrever-se numa actividade física, social ou recreativa. Para além de relaxar, aumenta a probabilidade de fazer novos amigos.

4- Depressão
O estado depressivo e a depressão são causas muito comuns numa alimentação desequilibrada e excessiva. O estado depressivo caracteriza-se por um sentimento de tristeza, apatia, etc, que pode durar apenas um dia, alguns dias ou meses, enquanto que a depressão resulta dum estado bastante prolongado de tristeza, medo ou raiva e costuma ter raiz num trauma dos tempos de infância.

Somos educados para andar com um sorriso na cara e dizer “está tudo bem” sempre que encontramos alguém e acabamos por ficar sozinhos com o nosso problema, podemos até isolar-nos. Muitas pessoas acabam por encontrar na comida uma solução pontual pois enquanto metem comida à boca desenfreadamente e mastigam como se não houvesse amanhã, não sentem mais nada e não pensam nos seus problemas.

Nestes casos, é muito importante descobrir a raiz do problema, trabalhar sobre ela e ultrapassar a questão, que pode ir desde o sentimento de abandono por parte dos pais até uma violação.

Novamente, quando surge a vontade súbita de comer, deve-se parar e escrever tudo aquilo que se sente nesse momento.
Podem começar por responder a questões como:
O que encontram na comida que não encontram noutro sítio?”;
Sentem-se tristes? Desapontados? Com raiva de alguém? Com ódio?
Que aconteceu para se sentirem assim?”.
Quando se faz um exercício destes, não devemos estar preocupados se a letra está direitinha, grande, pequena, se alguma palavra está mal escrita, se escrevemos asneiras ou não, o importante é pôr no papel tudo o que se sente, o mais espontaneamente possível, sem pensar.

Deve-se ainda procurar conforto e apoio nos familiares e amigos mais próximos e ajuda ao nível psicológico e, posteriormente, poderá também ser preciso ao nível psiquiátrico.

5- Para preencher um “vazio”

Em primeiro lugar é importante perceber o que faz falta. Será de uma relação amorosa? De conforto ao nível financeiro? Ou a sensação de segurança?

Escrevam sobre aquilo que vos faz falta. Isso vai fazer com que clarifiquem as vossas necessidades e percebam de que realmente sentem falta na vossa vida.
Tentem encontram actividades ou estabelecer amizades, em vez de recorrer à comida, que reinforce a vossa auto-estima e a sensação de bem-estar! Aproximem-se de pessoas que riam muito, pois o riso e a alegria são contagiosas!

Outras coisas importantes que devem fazer:
-Meditar um pouco, todos os dias.
-Praticar yoga. Esta é uma actividade física e espiritual que nos ajuda a encontrar uma harmonia e paz interior.
-Perguntem porque usam a comida para se sentirem felizes e escrevam sobre isso;
-Procurem suporte entre os vossos amigos mais próximos e familiares ou ainda, ajuda psicológica.

Depois de entender melhor os sentimentos e como evitar descontar na comida....

Sempre que comemos por outras razões que não o apetite/fome estamos a comer de forma emocional, sendo esta uma das principais causas para se ganhar peso. Para conseguirmos controlar este mau hábito com sucesso é necessário fazer algumas alterações no nosso dia-a-dia e na nossa forma de controlar as emoções de maneira a não usar a comida para “afogá-las”.

Todos nós precisamos de comida, mas apenas para viver. A forma como gerimos o que comemos e quando comemos pode provocar uma grande mudança nas nossas vidas!

O primeiro passo deste desafio consiste em organizarmos a nossa alimentação.
Muitas pessoas que têm dificuldades em manter o seu peso caiem na armadilha de ingerirem a maioria das calorias no final do dia. Estas calorias não são usadas enquanto dormimos e acabam por ser armazenadas no nosso corpo na forma de gordura. A forma mais fácil para engordar é comer bastante ao jantar e petiscar depois de jantar.
As calorias que são ingeridas no início do dia aceleram o metabolismo e o nosso nível de energia, é por esta razão que o pequeno almoço é a refeição mais importante do dia e deve ser saudável e completo.

Ao organizarmos as nossas refeições percebemos rapidamente de quando comemos por motivos emocionais e, assim, será mais fácil ultrapassar este problema.

A primeira regra é comer nas seguintes alturas e apenas nessas:

Café da manhã saudável e completo;
Lanche da manhã (exemplos: peça de fruta, um iogurte, torradaa integral com queijo magro) - sempre que entre o café e o almoço passarem muitas horas;
Almoço (nem uma folha de alface no prato nem o prato a transbordar..);
Lanche da tarde;
Segundo Lanche da tarde;
Jantar leve;
NÃO comer nas últimas duas horas antes de deitar.

Consoante o vosso dia devem definir as horas para cada uma destas refeições e a hora a que se deitam e acordam e sempre que possível cumprir com esse horário.

O objectivo é aprender a distinguir a “fome física” da “fome emocional”.

Conseguir fazer esta distinção sempre que sentimos fome é essencial para identificarmos as situações em que comemos por razões emocionais e seus padrões.

Ao tornarmo-nos mais activas como aconteceu na primeira e segunda fase desta dieta, a nossa “fome física” aumenta também. Mas se usamos comida para lidar com as nossas emoções muito provavelmente nunca chegamos a sentir fome pois estamos sempre a recorrer aos doces ou aos salgados.

É importante sentirmos apetite por não comermos há algum tempo. Para quem não chega a fazer intervalos entre refeições e está sempre com um pacote de batatas fritas na mão ou uma caixa de chocolates e come-a sem dar por isso enquanto vê televisão ou afoga o seu sofrimento, é muito importante fazer o seguinte exercício:

-Deve-se atrasar em algum tempo a hora de refeição até se sentir fome. No início, pode surgir ansiedade ou stress mas é muito importante chegar a este ponto, sentir estas emoções para que haja mesmo uma mudança real.

O objectivo deste exercício é reconhecer a “fome física” e comer apenas quando a sentimos.
(Os diabéticos, pessoas com tensão baixa, hipoglicémicos, ou com anemia não devem fazer isto.).

Para uma pessoa reaprender a comer em função das suas necessidades físicas, deve tornar-se sempre consciente das razões porque come quando o faz.

Sempre que comemos devemos tirar prazer dessa actividade, saboreando todos os alimentos. Sempre que comemos em frente à televisão ou “a correr” não tiramos partido desse prazer.

Pensem em todos os dias que já comeram a correr, a ver televisão ou com a cabeça noutro lugar e nem se deram conta do que estavam a comer e como a refeição sabia bem..

A segunda regra consiste em:

Em vez da quantidade de comida ingerida, foquem-se no “evento” da refeição e na qualidade da refeição. As refeições devem ser vistas como mini-celebrações;
Nunca comam de pé;
Criem um bom ambiente para tirarem prazer da refeição com música calma, velas, convidados,
Comer de forma inconsciente pode tornar-se um hábito se não tivermos cuidado com isso. Por isso devemos tornar-nos conscientes das nossas refeições, termos horas fixas para comer e comer devagar, mastigando várias vezes a comida, saboreando-a.

Cuidado com compulsões...

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