quinta-feira, 12 de maio de 2011

Rapidinha para esclarecer a relação de peso e fome

Toda vez que ouvimos falar sobre a obesidade, ouvimos também que esta é uma doença crônica, inflamatória, e que está associada a diversos fatores. O que pouco se fala é que existem alguns fatores internos, ou seja, gerados pelo seu corpo, que determinam a sua fome e o controle do seu peso. É preciso entender o que o seu corpo faz para se proteger, antes de se declarar “em dieta”, e fechar a boca, ato esse que todos que nos acompanham aqui, sabe que não é correto.
A regulação do consumo alimentar e do armazenamento de energia é feita por fatores neuronais, endócrinos, adipocitários e intestinais, por exemplo.


FATORES ENDÓCRINOS E ADIPOCITÁRIOS

Durante muito tempo se pensava que as células do tecido adiposo serviam apenas para estocar gordura. Hoje, já se sabe que estas células são capazes de produzir e secretar hormônios, como a leptina, principal hormônio associado ao controle de peso.
Sabe-se que a leptina tem uma ação conjunta muito forte com a insulina. A leptina age no hipotálamo, promovendo sensação de saciedade e regulando o balanço energético. A insulina aumenta a captação de glicose promovendo uma queda da glicemia sanguínea, o que serve de estímulo para o apetite. É importante ressaltar que essa ação da insulina é perfeitamente normal, e ocorre em qualquer organismo. A questão é a rapidez em que essa captação da glicose acontece.


FATORES INTESTINAIS
O simples fato de existir alimentos no trato gastrointestinal favorece a modulação do apetite, através da secreção de diversas substâncias. Essas substâncias, combinadas aos outros fatores, agem no sistema nervoso central regulando a fome e a saciedade.
A grelina, secretada pela mucosa gástrica, é um dos mais importantes sinalizadores da ingestão alimentar. Durante período de jejum, e momentos antes de uma refeição, sua concentração é alta, caindo logo depois. Sua ação é estimular o apetite, além das secreções gástricas e a motilidade (movimento de digestão). A presença e ação da grelina é inversamente proporcional a leptina. Percebe-se, então, a participação ativa da grelina no balanço energético, uma vez que ela está envolvida no estimulo para se iniciar uma refeição.


COMO A ALIMENTAÇÃO PODE INFLUIR?
De modo geral, podemos concluir que a alimentação seja rica em fibras e que ocorra em intervalos máximos de três horas. Uma das importâncias de se ingerir alimentos ricos em fibras é que elas retardam a digestão e, consequentemente, a absorção da glicose, ou seja, a glicose entra aos poucos na corrente sanguínea e, assim, uma quantidade menor de insulina entra em ação. Além disso, quanto mais difícil for a digestão, mais o alimento percorre o tubo digestivo, assim, ele chegará até as porções finais do intestino. Como dito, nos jejuns, a grelina encontra-se em alta e uma das suas ações é estimular o apetite, ou seja, quanto mais tempo você fica sem comer, maiores são as chances de você comer mais do que o necessário.
Portanto, a dica é fazer várias refeições durante o dia, porém em pequenas quantidades. Além das refeições principais como café da manhã, almoço e jantar, realizar lanches nos intervalos. Tenha um bom consumo de frutas e verduras, que são importantes fontes de fibras, vitaminas e minerais, e sempre que possível opte por opções integrais de alimentos que você já consumo, como pão, arroz, biscoitos, macarrão e etc. Mas vale lembrar que junto com um bom consumo de fibras é importantíssimo um bom consumo de água. No caso de dúvidas, procure um nutricionista.

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