terça-feira, 4 de outubro de 2011

Potássio e Ferro

Muitas pessoas já sabiam que consumir bastante sal faz mal para a saúde. Agora, pesquisadores americanos descobriram que comer muito sal e pouco potássio pode ser uma combinação fatal: aumenta o risco de morte prematura.

As descobertas são um contraponto a um estudo muito debatido divulgado recentemente que não encontrou nenhuma evidência de que fazer pequenos cortes na ingestão de sal diminui o risco de doenças cardíacas e morte prematura.

A maioria dos especialistas ainda acredita que sal faz mal para as pessoas. O principal argumento é que cortar a ingestão de sal pode reduzir a pressão arterial elevada, que aumenta o risco de ataques cardíacos e derrames.

O problema é que o consumo de sal tem aumentado desde 1970, com os americanos ingerindo cerca de duas vezes o limite diário recomendado.

O novo estudo é um dos melhores sobre os efeitos a longo prazo de comer muito sal. É inteiramente consistente com o que especialistas têm dito sobre a ingestão de sódio.

Os pesquisadores analisaram os efeitos da ingestão de sódio e potássio como parte de um estudo de 15 anos com mais de 12.000 pessoas. Até o final do período de estudo, 2.270 participantes tinham morrido; 825 dessas mortes foram por doenças do coração e 433 por coágulos sanguíneos e derrames.

Os resultados mostraram que pessoas que tiveram uma elevada ingestão de sal e uma baixa ingestão de potássio estavam em mais risco – 50% maior de morte por qualquer causa, e cerca de duas vezes mais risco de morte – ou um aumento de 200% – por ataque cardíaco.

Segundo os pesquisadores, os consumidores precisam aumentar os níveis de potássio em sua dieta, adicionando mais porções de frutas e verduras frescas, como espinafre, uva, cenoura, batata doce e leite e iogurte de baixo teor de gordura.

Também, cerca de 90% dos americanos consomem mais sódio do que é recomendado, o que impacta sua pressão arterial. A maioria desse sódio não está relacionada com o saleiro que você joga por cima da sua comida, mas está nos alimentos processados e de restaurante que nós compramos e pedimos. De fato, os consumidores, mesmo os mais motivados, não têm tanta escolha quanto seria ideal.

O potássio muitas vezes neutraliza os efeitos do sal na dieta. Este equilíbrio é afetado quando as pessoas comem alimentos altamente processados, que tendem a aumentar os níveis de sódio e diminuir o conteúdo de potássio.

Os cientistas explicam que, se o sódio aumenta a sua pressão arterial, o potássio a diminui. Se o sódio retém água, o potássio ajuda você a se livrar dela. Ou seja, em vez de focar apenas no sal, o ideal seria que os pesquisadores se concentrassem no equilíbrio entre potássio e sal.

A luta agora é para fazer as duas coisas: diminuir a ingestão de sódio e aumentar a ingestão de potássio da população.

Um dos principais nutrientes para o nosso desenvolvimento e crescimento é o ferro. Contudo, uma pesquisa recente constatou que 55% das crianças brasileiras sofrem de anemia por carência do mineral, o que facilita o aparecimento de doenças virais e bacterianas. Além disto, a falta de ferro pode comprometer o aprendizado infantil, levando a uma maior dificuldade de concentração, e reduzir o desempenho para prática de exercícios físicos, devido a fraqueza, fadiga, tonturas e falta de ar.

De acordo com a endocrinologista Vivian Estefan , Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, alguns cuidados na seleção de alimentos que fazem parte das refeições ajudam a evitar combinações que reduzem tanto a absorção do ferro pelo organismo. Confira as dicas:

• O cálcio diminui a absorção de ferro, por isso evite consumir leite e derivados nas duas maiores refeições (almoço e jantar), prefira-os sempre no café da manhã e lanches.

• Procure ingerir no almoço e jantar alimentos ricos em ferro, como carnes, aves, peixes, leguminosas (lentilha, feijão, grão de bico) e verduras de cor verde-escuro (brócolis, espinafre, couve, agrião).

• Evite consumir café, mate, chá preto e refrigerantes durante as principais refeições do dia.

• Frutas ricas em vitamina C (laranja, mexerica, abacaxi, açaí, por exemplo), auxiliam a absorção do mineral e, portanto, devem ser consumidas no almoço e jantar.

• Evite doces antes e depois das refeições.

• Não consuma simultaneamente ovos e carnes, isso dificulta a absorção do ferro.

• Vísceras de frango e carne bovina, especialmente fígado, contêm grande quantidade de ferro.

Alimentos que contém grande quantidade desse mineral são essenciais para evitar doenças e manter uma aparência bonita e jovial. Os alimentos de origem animal são os mais ricos nesse tipo de nutriente, como é o caso do fígado, carnes de uma maneira geral e a gema de ovo. O ferro também está presente nos vegetais, porém, em quantidade menor e de absorção mais difícil, destacando-se o feijão, nozes, folhas verdes e cereais integrais.

Porém, nada de exagerar na dose! "Não adianta encher o prato de alimentos com alto teor de ferro se não houver certos cuidados para facilitar a sua absorção. A maneira mais correta é ingerir, juntamente à refeição, sucos de frutas cítricas (laranja, limão etc), pois a vitamina C, por ser um componente ácido, auxilia a absorção do mineral. Por outro lado, deve-se evitar a ingestão de chás (exceto os herbais) e medicamentos antiácidos dentro das duas horas após a refeição", explica a médica nutróloga, cosmiatra e professora de Sociedade Brasileira de Medicina Estética, Mercedes Granja.

Vale lembrar que a falta desse nutriente produz uma doença já muito conhecida por todos: a anemia. "Para prevenir a falta de ferro e as doenças conseqüentes, nada melhor que alimentar-se de maneira balanceada e consultar regularmente um médico. Só ele tem condições de pesquisar outras causas de perda crônica do mineral, como sangramentos do trato digestivo e urinário que cursam silenciosamente (varizes esofágicas, pólipos intestinais, hemorróidas, doenças renais etc)", finaliza a Dra. Granja

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