quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dieta Palio

A dieta paleolítica é um regime alimentar cuja preocupação principal é com a saúde ao invés de questões éticas ou econômicas.

O defensores da nutrição paleolítica acreditam que os melhores alimentos para o organismo humano são os que estamos projectados para comer e que as enfermidades relacionadas à dieta são causadas pelo desvio desse caminho.

O argumento baseia-se que já que a genética humana mudou muito pouco desde a idade da pedra, uma dieta ideal (para a saúde) deveria ser reconstruída para ser como a daquela época. Desta forma, ao estudar a arqueologia e os grupos de caçadores modernos, podemos aprender como deveria ser uma dieta saudável.

Alimentos que não são comestíveis crus ou sem processamento são excluídos dessa dieta. Isso inclui grãos, feijões e batatas. Alimentos que são incluídos nessa dieta são: carne, peixe, frutas, verduras, nozes e ovos. A única excepção a essa regras são os lacticínios, já que apesar de poderem ser comidos crus são alimentos da era pós-agricultura.

Algumas dietas bem parecidas, como a recomendada pela Weston A. Price Foundation, são mais tolerantes: elas excluem principalmente as invenções dos últimos séculos e aperfeiçoam a dieta paleolítica ao estudar os factores específicos que contribuem para a saúde e longevidade. Lacticínios, cereais integrais, legumes e batatas e demais alimentos cultivados são, desta forma, encorajados na medida que os permitem ser tolerados.

O alimentos de origem não-animal disponíveis nessa dieta são os mesmos do vegetarianismo de alimentos crus (crudismo). Porém, há duas diferenças fundamentais entre a dieta paleolítica e o crudismo. Primeiro, os que seguem a dieta paleolítica consomem carne e outros alimentos de origem animal (de facto, geralmente são mais consumidos do que outras dietas modernas padrão, em alguns caso substancialmente mais). Segundo, toda e qualquer comida pode ser cozinhada se desejado.

Geralmente essa dieta é o que poderia se considerada de poucos hidratos de carbono, porém não na extensão de por exemplo a dieta de Atkins. Ao contrário da dieta de Atkins, frutas e vegetais são consumidos em grandes quantidades.

O conteúdo de vitaminas e minerais desse dieta é bem alto comparado com outras dietas padronizadas.

Princípio:

•Supõe que nós permanecemos no estágio de caçador-coletor (cuja alimentação era composta de 65% de vegetais e 35% de carne), por isso, não estamos preparados para consumir alimentos dos agricultores e criadores sedenedrios (cereais e derivados do leite).

•Não contém mais do que 30 gramas de carboidratos por dia, na fase de restrição severa, e 55 gramas na fase de estabilização (essencialmente frutos e legumes secos).

•Seu objetivo é reduzir a taxa dc insulina no sangue (já que esse hormônio favorece o armazenamento das gorduras e dificulta sua eliminação).

•Recomenda consumir muita proteína (1,3 a 2 gramas por quilo de peso corporal cada dia), valendo-se de pacotes de dieta proteinada que contem vitaminas, sais minerais e oligoelementos.

•Recomenda consumir fibras e azeitonas (mas não azeite).

•Deve-se beber pelo menos 1,5 litro de água, mais um ou dois copos de vinho tinto por dia.

Crítica:

•Age, como outros regimes já vistos, por formação de corpos cetônicos.

•Faz perder músculos e água, mas incide pouco sobre a gordura.

•Impõe ingestão de complementos alimentares (caros!), para evitar as carências.

•Não se apresenta como uma dieta emagrecedora, mas como a fórmula de uma boa alimentação para a vida toda.


HISTÓRICO

Também chamada de Paleodieta, é uma dieta contemporânea baseada na alimentação dos ancestrais paleolíticos, seguindo os hábitos alimentares vigentes antes da possibilidade de se cozinhar os alimentos. Tornou-se popular a partir da década de 1970 e foi difundida pelo gastroenterologista Walter L. Voegtlin.

COMO FUNCIONA?

O argumento desta dieta é o de que a genética humana mudou muito pouco desde a idade da pedra, sendo que os humanos são geneticamente adaptados à dieta dos paleolíticos.

Porém, os hábitos alimentares da população mudaram radicalmente. Além das mudanças alimentares, novas substâncias foram introduzidas, como: corantes, conservantes, aditivos alimentares e organismos geneticamente modificados. Entretanto, os defensores da Dieta Paleolítica afirmam que as enzimas digestivas podem demorar entre 5000 e 10000 anos para serem criadas em resposta ao contato com novos alimentos. Sendo assim, as enzimas do organismo humano não seriam muito diferentes das enzimas dos ancestrais paleolíticos.

A falta de enzimas adequadas para metabolizar os alimentos que ingerimos atualmente pode ser responsável pelo surgimento de doenças crônicas. Portanto, segundo esta teoria, a dieta ideal para manter a saúde e bem-estar deveria ser reconstruída a partir da dieta dos ancestrais deste período.

Originalmente, os paleolíticos comiam carne de caça, insetos, ovos, algumas raízes, folhas, frutos e sementes oleaginosas. Peixes também eram ingeridos, em regiões onde se encontravam disponíveis.

As prescrições dietéticas do modelo Paleolítico diferem um pouco entre si, mas basicamente, apresentam em sua composição carne, peixe, vegetais e frutos. Alimentos que não são comestíveis crus e sem processamento são excluídos dessa dieta. Os alimentos constituintes desta dieta definem-se melhor por exclusão: açúcar ou quaisquer alimentos adoçados; leite e todos os alimentos lácteos; cereais e todos os alimentos produzidos com cereais; batata ou batata doce; leguminosas, incluindo, feijão, soja e lentilhas. No caso dos laticínios, apesar de poderem ser comidos crus, devem ser evitados por serem alimentos da era pós-agricultura.

A Dieta Paleolítica deve incluir, então: carnes e peixes (com o menor nível possível de processamento); ovos; mariscos e bivalves; oleaginosas; legumes folhosos e frutos em abundância. São preferidos os frutos silvestres, sendo evitados os frutos que sofreram muitas alterações de melhoria de produção e têm maior valor calórico; muito raramente pode ser usado mel.

PONTOS POSITIVOS:

É uma dieta rica em fibras, proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes;
Apresenta grande quantidade de gordura poliinsaturada;
Baixo teor de sódio;
Evita alimentos industrializados;
Dieta pouco alergênica.

PONTOS NEGATIVOS:

Pequena quantidade de carboidratos;
Exclui laticínios e derivados;
Prejudica a vida social do indivíduo praticante, devido às severas restrições alimentares.


OPINIÃO DO PROFISSIONAL:

A grande quantidade de frutas e vegetais presente na dieta permitem o consumo de uma quantidade variada de vitaminas e minerais, além do alto teor de fibras. Essas características podem ser favoráveis ao organismo, evitando doenças carenciais (anemia, hipovitaminose A, etc.), melhorando o funcionamento do intestino e prolongando a sensação de saciedade. Além disso, pode conter um alto nível de substâncias antioxidantes, o que pode diminuir o risco de ocorrência de determinadas doenças crônicas (câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, etc.). O baixo teor de sódio e alimentos industrializados contribuem para uma alimentação saudável, visto que estes alimentos geralmente são ricos em gorduras e podem conter componentes alergênicos, devido aos conservantes, corantes e aditivos químicos.
Entretanto, em virtude da pequena quantidade de carboidratos, pode ser fornecido um baixo valor de energia, os níveis de serotonina (hormônio responsável pelo humor, pelo sono, etc.) podem diminuir, a hipoglicemia gerada pelo baixo nível de carboidratos pode causar déficit cognitivo, dificuldade de aprendizagem, etc. Outro fator a ser considerado é a exclusão dos laticínios, ja que isto diminui drasticamente os níveis de cálcio da dieta, mineral extremamente importante para o desenvolvimento de funções metabólicas do organismo, como formação de ossos, dentes e contração muscular. Para sua segurança e sucesso da sua dieta, procure um nutricionista.

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